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Lammas & Lughnasadh

A PRIMEIRA COLHEITA
01 de Agosto (H.Norte) 02 de Fevereiro (H.Sul)

"Lammas" indica quão central e honrado é o primeiro grão e o primeiro pão do ciclo de colheita.

Celebramos em Lammas a primeira colheita de nossa Roda Anual. Momento em que a gratidão se faz presente ao Astro Rei Sol, a Natureza, ao Sagrado Masculino e Feminino e todas as mãos que labutaram para o prover de nossa abundância física e espiritual.

TODOS OS RESULTADOS PARTEM DE UM PRINCÍPIO!

Lammas oferece o ensinamento da importância na primeira colheita. Fundamenta a base solida ao poder das germinações férteis e seguras das sementes que servirão aos próximos ciclos. Lammas reivindica o valor do tempo: Quanto mais comprometimento, mais abundância ... quanto mais egoísmo, menos fertilidade. Nada foge a regra do poder cíclico - ele é contínuo e as oportunidades são distintas.

Neste Sabbat a colheita está imantada pelas seguintes regência divinas:

  • Mãe do Grão - a sabedoria do poder da gestação
    O milho maduro da primeira colheita já contida em seu cerne à essência de todas as próximas colheitas;
  • Deus Lugh - o triunfo da Luz sobre a escuridão
    O Espírito vivo do grão que entrega a própria essência à nutrir a Vida na Terra, mantendo-a segura para que a germinação seja eterna e iluminada.

A primeira colheita da Roda Pagã era celebrada pelos antigos celtas através do Festival de Lughnassadh. Momento em que as comunidades festejavam em alegria e gratidão, compartilhavam usas culturas agrícolas e experiências de suas atividades. Jogos e torneios tinham como entretenimentos e também faziam uso de ritualizações sagradas em cerimônias de união conjugal e saudações as divindades regentes ao Sabbat.

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SÍMBOLOS DE LUGHNASSADH

O FEIXE
O primeiro feixe da colheita era designado a produção do "Pão Sagrado" (Pão da Colheita) - simbolizava garantia das semente futuras. Ao amanhecer era cortado, peneirado e moído para formar e assar o "Pão da Colheita" - principal simbologia do Sabbat. O Pão da Colheita era o instrumento à abrir o Sabbat de Lammas ... após assado era levado a mesa da "Ceia" para o compartilhamento entre os participantes. Os primeiros talos de cevada também eram manufaturados e transformados na primeira bebida da Roda do Ano, representando também o brindar de todas as demais colheitas.

JOHN BARLEYCORN
John Barleycorn - o Espírito vivo do milho, ou grão, a personificação do Deus Lugh.
Assim como o milho é colhido, também John Barleycorn é resgatado, pois que é a semente que irá prover na mesa o "Pão da Colheita" à nutrir os filhos da Terra para que a vida em abundância seja eterna. John Barleycorn após ser digerido como pão, retornará a terra em estado gestação para que o Espírito Vivo renasça no próximo ciclo em Luz e Poder.

O primeiro feixe colhido é de suma importância ... a impressão vivaz da oportunidade à evolução.

  • Quando a colheita é reconhecida e aceita: regenera e transforma no melhor;
  • Quando a colheita é negada: sacrifica, mas também regenera e transforma no melhor.

O primeiro feixe produz a primeira e melhor semente, garantindo a continuidade das próximas colheitas - morte e renascimento. Tudo morre e renasce na regência do "Espírito Vivo do Milho" - este é o sussurro da imortalidade, o maravilhoso agridoce de Lammas.

A BONECA DE MILHO
Em Lammas, os últimos feixes também eram cortados cerimonialmente e transformado em "Bonecas de Milho" - representação arquétipa do Espírito Vivo dos Grãos e da Sra. do Milho. Após serem manufaturadas, eram transportadas para as mesas das Ceias para serem consagrados na presença de todos os participantes. Momento de gratidão aos Deuses e humildade na aceitação do resultado do que se oportunizaram. Nesta cerimônia, rogavam por sabedoria, equilíbrio e proteção à próxima semeadura.

Após o Sabbat, a "Boneca de Milho" permaneceria até o fechamento da Roda do Ano (Samhain) no interior da morada ou em área externa pendurada em uma árvore e até mesmo misturada às sementes da próxima semeadura... Acreditavam que esta ação imantaria tanto a mente dos lavradores da terra nas respostas as buscas de soluções para um melhor plantio, como também era a "ponte" ou "portal", para que o Espírito Fertilizador de John Barleycorn (Deus da Colheita) pudesse atravessar de uma colheita para outra.

No Sabbat de Samhain, a "Bonecas de Milho" era depositada nas Chamas Sagradas em agradecimento ao resultado de "todas" as colheitas. Suas cinzas eram sopradas no ar em firmamento ao desapego e invocação de novas oportunidades. Outros retornavam as representações ao solo para que fossem aradas e parte da compostagem, no manter da terra fértil ao poder da germinação do novo plantio.

Nota - A intenção da representação não altera nosso compromisso. Tanto podemos representar ambas Deidades, como apenas uma.
As Bonecas de Milho, devem ser manufaturadas em matéria prima natural e especificamente do reino vegetal (ramos, flores, cipó, palhas...) - não há distinção apenas pela palha de milho ou feixe de trigo. A criatividade está em nossas mentes e do que a Natureza apresentar em nossas mãos. Caso nada possamos encontrar em específico, um simples desenho feito por carvão ou lápis ou uma imagem holográfica na mente firma a intenção.

Após apresentarmos a "Boneca de Milho" ao Altar Sagrado em consagração, ela poderá ser transportada a Ceia ou Altar compartilhado do Sabbat, após o término da celebração deverá retornar ao Altar principal onde permanecerá até o Sabbat de Samhain para que seja incinerada nas Chamas Sagradas (Caldeirão ou fogueira) em saudação ao fechamento da Roda Anual.

OBS. No caso de ser uma imagem holográfica, os procedimentos são idênticos.

No próximo Sabbat de Lammas a confecção da "Boneca de Milho", deverá ser executada novamente seguindo os passos citados acima. Esta atividade representa: proteção, equilíbrio e força de todas as nossas semeaduras.

AS CHAMAS SAGRADAS
A dança do círculo refletindo o movimento do Sol ao redor da fogueira era sagrada para os ancestrais celtas. O sincronismo vibrava a generosidade e a energia do Deus Lugh na Força do Astro Rei Sol, que após a primeira colheita começará a diminuir o aspecto de vigor para com a Terra. Ao girarem em torno das chamas, clamavam por segurança nas diversidades que as mudanças pudessem apresentar aos dias mais escuros do inverno que em breve surgiria.

Nota - em nossas atividades as Chamas Sagradas podem ser impressas através dos candeeiros, fogueiras, nos caldeirões e enfim ... no que a criatividade comprometida possa oferecer. Esta ação oferece ao momento a ativação, potencialização e proteção ao ato vibrado. Momento de sinergia plena ao Elemento Fogo e suas correspondências magnéticas no interagir da ordem ao Amor Maior, na aceitação e comprometimento da Vida ao estado Uno.

A CELEBRAÇÃO

Deus Lugh é a divindade zeladora das sementes, instrumentos e força ao cultivo na Terra Sagrada. A expressão vivaz dos mistérios ao renascimento e morte de cada semente - a impressão cíclica da morte e ascensão da alma. Em sua regência, vibramos e louvamos por tudo o que foi proporcionado (consciente ou não), tudo o que conquistamos e ao que oportunizamos aos momentos vivenciados.

“A semente antes de ser colhida é exposta as intempéries do tempo, nem todas germinarão!”
Colher é preciso, mas escolher a semente é fundamental.

Cientes que estamos apenas iniciando os ciclos de nossa Roda Anual, a primeira colheita é extremamente significativa.
A vida é uma eterna espiral de construção e destruição (Vida e Morte) ...

  • Construção: fortalecimento da base estrutural que oferece o resultado satisfatório dentro das Leis do Amor Maior. Seguir é o comando que irá somar e oferecer o melhor;
  • Destruição: desapegar do que não germinou ou que desconstruiu algo conquistado. É o reconhecimento do erro e a coragem para fundir nova base e estruturar uma arquitetura solida aos projetos da vida.

A MORTE NÃO TEM FIM!

Tudo morre e renasce para que possamos sentir suas consequências e por elas, fazermos uma nova oportunidade de prosperar tanto em modo físico como espiritual. Identificar as sementes que não vingaram e separá-las para que não sejam utilizadas no plantio da nova safra, é a nossa obrigação.

A amplitude do Sabbat de Lammas está no reconhecimento de que: o mérito de qualquer resultado da colheita é próprio. Independente de ser boa ou má à próxima colheita deverá ser melhor!

Lammas invoca a atenção ao estado desperto para que elevemos em maestria a análise de todos os processos: escolha da semente, preparação da terra, cultivo, diversidades e o resultado da colheita.

"Nem todo grão exuberante tem o poder de fecundar a terra...
Nem todas ervas daninhas oferecem abrigo as culturas."

Lammas reivindica a visão periférica dos momentos vivenciados na primeira conquista na intenção de moderação, e até mesmo desapego aos pontos que não ofereceram resultados favoráveis aos nossos projetos tanto físico, mental, como o espiritual.

  • Ao errarmos na primeira colheita, o caminho é aceitar o resultado e destruir o que não deu certo para liberar espaço ao poder da criatividade na formação de novos projetos;
  • Caso tenha sido favorável, não devemos esquecer que diversidades existem e que apenas uma conquista sustentará todos os ciclos. O estado de vulnerabilidade em função ao comodismo poderá colocá-la em queda. Zelar pelo que conquistamos e buscar o melhor, é o caminho correto.

ASPECTOS DA DEUSA E DO DEUS
A Mãe do Grão & Sacrificado

MÃE DOS GRÃOS

  • O Espírito que habita o grão maduro;
  • Aquela que dá Vida as Colheitas;
  • Deusa que nutre a Terra e a Vida;
  • A Seiva Sagrada da Criatividade.

Outros nomes: Mãe da Colheita, Mãe Terra, Mãe do Milho;
Deusas correspondentes: Aine, Arianrhod, Blodeuwedd, Brighid, Cerridwen, Danu, Druantia, Flidais.

O SACRIFICADO

  • A Semente Sacrificada para nutrir os filhos da Grande Mãe;
  • O Homem Verde em seu ciclo de maturação;
  • Espírito Vivo do Milho;
  • A Luz transitando para o seu aspecto sombrio.

Outros nomes: Deus Sol, Rei Divino, Homem Verde
Deuses correspondentes: Lugh, Herne, Goibniu Cernunnos, Bilé, Belenus, Atho, Oengus.

CORRESPONDÊNCIAS/CÍCLICA

  • Incensos: acácia, olíbano, rosa e sândalo;
  • Cores: laranja, amarelo, marrom e vermelho;
  • Pedras: aventurina, citrino, peridoto e sardônia, olho-de-gato, topázio dourado, obsidiana, ágata, musgosa, rodocrosita, quartzo claro, mármore, ardósia, granito, seixos de rio;
  • Grãos e ervas: nozes, arroz, hortelã, calêndula, cevada, urze, murta, girassol, milho, aveia, trigo, além de todos os grãos maduros da estação;
  • Frutos/verduras: alho, batata, milho verde, salsão, vagens, cerejas, amoras, maçãs, abacaxi, banana, coco, figo, jabuticaba, jaca, kiwi, laranja, mamão, manga, melancia, melão, nectarina, pêssego, romã, uva e colheita da época;
  • Alimentos: pães caseiros, bolos de cevada, além de tortas e outras receitas a partir dos frutos da estação;
  • Bebidas: vinho, cerveja, chás, além de sucos e outras bebidas preparadas a partir dos frutos da estação.

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Última modificação emTerça, 28 Novembro 2023 04:26
Simone G. Pedrolli

Guia da ascensão em missão da Luz e dos caminhos a transformação da consciência imantada pelos "Decretos Divinos".

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