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Yule

SOLSTÍCIO DE INVERNO
21 de junho (H.Sul) - 21 de dezembro (H. Norte)

Desde o período neolítico até os dias de hoje comemoramos em Yule o "Solstício de Inverno". O momento em que os poderes da noite e as energias da Terra atingem seu ápice. Em Yule temos a noite mais longa do ano marcando o fim do outono e abrindo passagem para o estabelecer definitivo do inverno. Período em que nossos ancestrais se recolhiam em suas moradas a enfrentar o tempo gélido em sobrevivência, sorvendo-se das colheitas dos ciclos anteriores. Chegado o momento da prova de suas estratégias e comprometimento, da avaliação dos valores empregados no suportar todas as eventualidades que o ciclo silencioso do inverno pudesse oferecer. Entre noites longas e dias curtos, frios e tempestades, águas congeladas e escassez das culturas ... o momento vertia-se na espera do tempo passar. Porém, a espera jamais era compreendida como abandono e sim atenção! Cuidado com as criações, com a vitalidade da família, o aquecimento das moradas e enfim, todas as regras de subsistência da vida. Este período era compreendido pelos percursores de todas as civilizações de hoje, como o momento de gestação: a espera, o recolhimento unanime da nutrição da sabedoria, do ver além da expressão “sacrifício” para que a esperança pudesse germinar o poder da criatividade e imprimir através das velhas ideias o “novo amanhecer” pleno e soberano do Sol Crescente, repleto de soluções para que fossem executadas.

Através dos exemplos de nossas raízes, temos na noite mais longa do ano a oportunidade de presenciamos o ponto crucial do limite entre os eventos: Enxergamos no Céu o brilho das estrelas, o clarão da Lua e seus movimentos. Ao percebermos os movimentos da ascensão do Astro Rei (Sol) que em vigor imerge abatendo a escuridão no aquecer da Terra, compreendemos que a Vida é uma constância no poder da renovação. Está sempre no girar da Luz, provocando as mudanças necessárias porque não sustenta a escuridão. Esta é a impressão tácita da esperança! Sempre há o renascimento da Luz no fortalecer dos caminhos às infinitas possibilidades do equilíbrio.

A CELEBRAÇÃO

Em Yule celebramos a expressão da Vida, a confiança na promessa do retorno à Luz, a renovação e o renascimento advinda pós a escuridão da morte. Com o fim da noite mais longa, toda escuridão é rompida com o retorno do Sol - o retorno da Luz, esperança e promessa. A Rainha do Gelo ora grávida, na noite mais longa gira a Roda e oferece a face Mãe, ofertando e abençoando a Terra com a “Criança da Promessa”.

A ENTREGA DO PODER DE TODA A VIDA!
SENHORA DO GELO

Na impressão vital da Natureza aliada na crença das mais variadas culturas, o Sol ressurge tênue, porém não enfraquecido. Emerge iluminando a promessa cumprida pela Lei Maior do Poder da Criação - o retorno da Luz. A generosidade e amor da Mãe estabelecida ao poder da eternidade renascida através do "Filho Solar”, conquista a certeza plena e absoluta de que a Roda sempre há de girar em Luz e Poder!

MORTE E RENASCIMENTO
O poder supremo do desapego
DEUSES REGENTES

Pela tradição ancestral, chegamos ao período da transição do Deus Azevinho que em regência aos seis primeiros meses do ano, minguou tudo o que não pertencia ao equilíbrio da Vida. Ancião e enfraquecido, entretanto munido da sabedoria praticada, é levado ao Útero Sagrado para nutrir em Força e Poder a Criança da Promessa no renascimento pujante e iluminado de Yule. Esta ação cíclica mesmo que mitológica, fideliza a Lei Maior na expressão do desapego do velho, do passado, dos vícios, dos sacrifícios para que o ciclo se feche e dê passagem para o renascimento de todas as coisas. Tudo tem seu tempo estabelecido, nada para, tudo circula no girar da espiral restauradora. Azevinho cumpre seu papel e se entrega na fluidificação da semente ora fecunda no ventre sagrado da Deusa, onde ressurgirá na face inocente, entretanto sábia do Deus Carvalho que crescerá em premissa na restauração dos próximos seis meses, vitalizando e regenerando a Terra e todos que dela abriga.

YULE INVOCA OS FILHOS DA TERRA AO OLHAR PERIFÉRICO
Não há renascimento sem reconhecimento

É exatamente em Yule que oferecemos a nossa consciência, o momento da interiorização no memorizar às bênçãos oferecidas pelo Deus Azevinho em sua regência de morte. Não basta conhecer os contos míticos, os Decretos sagrados, a Natureza e até mesmo os ensinamentos oferecidos pela ciência. Temos de compreendê-los, praticarmos e amarmos porque tudo o que ofertado é aprendizado! Somente assim poderemos enxergar e aceitar que a Luz remanescente embora inda fraca, ganhe forças solidificando nossos passos ao encontro às escolhas corretas.

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Se a promessa do Sol nasce com seu poder, porque não nutrir nossos corações com a esperança? O ciclo determina o caminho ao desapego, do zelo, confiança, da Fé, planejamento, da descontrução para o reconstruir novamente. Em Yule temos a Luz envolvente e encorajadora aos desígnios de nossas missões, o amadurecimento de nossa consciencia de que nada tem ou terá poder de aplacar o "Ciclo da Vida". Porém para que sejamos atingidos por essa EXPLOSÃO DE LUZ E AMOR, devemos aliançar ao poder fecundo, fértil e produtivo da Vida - nos elevar ao poder da inocência, da humildade na adoção e doação das sementes saudáveis e férteis.

Na noite mais longa do ano reverenciamos a Deusa como Mãe e rogamos à Criança da Promessa o rejuvenescimento de nossos corações, e a força para que libertemos do passado e de todos os conceitos antigos e desgastados.

SIMBOLOGIAS DE YULE

CHAMAS SAGRADAS

FOGUEIRA DE YULE

O FOGO SEMPRE FOI E SERÁ A REPRESENTAÇÃO DA LUZ!

Nos tempos remotos as Chamas eram sagradas em todas as celebrações dos Sabbats: caracterizava a presença do Deus Solar em suas transições cíclicas e ao Elemento Fogo em suas conexões.

Independente de ser uma atividade coletiva ou pessoal, toda chama é Chama - é Sagrada! Invocamos o Elemento Fogo desde a simples queima do palito que transporta às chamas ao pavio da vela, nas folhas e galhos secos da fogueira ou nas ervas no Caldeirão. Por essa ciência, compreendemos a presença permanente do Elemento Fogo em nossas vidas independente de ser um ato ritualizado ou não. Eis aqui a interpretação da velha frase: Você não está sozinho!

Procedendo que os ancestrais da Terra eram comprometidos com o TODO, em Yule a fogueira além de aquecer as famílias na noite mais fria e mais longa do ano, remetia também em atividades expressas de suas crenças e respeito ao encerramento do velho ciclo e na esperança do melhor para com suas vidas. Na presença do calor ardente da fogueira ... os Guardiões do Elemento Fogo, a Deusa Mãe e seu Filho renascido eram saudados em reconhecimento e honra.

VELA
É a centelha sagrada da Luz sobre a escuridão. Em Yule as velas são representadas nas tonalidades: verde, vermelho, dourado e branco.

ÁRVORE DE YULE

ÁRVORE DE YULE

Toda árvore, toda mata, tudo que renasce pelas raízes da Terra e por ela é nutrida, era subtendido pelos povos antigos na representação expressa da Mãe - a exteriorização sagrada do Poder da Criação, a Seiva da Vida! Neste universo vivo em gratidão pelo acolhimento e compartilhamento de nutrientes favoráveis a cura, o calor, abrigo e aprendizado, nossos ancestrais respeitavam e também honravam as florestas e matas em Yule.

Não há relatos que árvores eram cortadas e transportadas às moradas dos antigos irlandeses ou celtas. A simbologia se deu na época vitoriana (XVIII). Na Roma antiga (festival da Saturnália), os sacerdotes romanos cortavam pinheiros e os decoravam, transportando-os cerimoniosamente nas ruas da comunidade até os templos onde praticariam as celebrações. Famílias decoravam suas moradas com galhos de árvores perenes ou arbustos em vasos.

Destoando desse aspecto simbólico, os gaélicos ancestrais não transportavam árvores para dentro de suas moradas e muito menos para Templos. Sabido é que para acalentar as criações nos dias e noites mais gélidos, os animais eram recolhidos ao interior das moradas para aquecerem-se ao calor das lareiras alimentadas pelas lenhas doadas pela floresta. O Templo à saudar era a floresta viva e em especial aos portais que designavam ter a conexão com o Reino Feérico. Nos locais escolhidos, oferendas eram entregues em gratidão da colheita oferecida do outono, no invocar da esperança na sabedoria das mudanças do novo ciclo e na honradez da cumplicidade mútua ao zelo pela vida.

ÁRVORE DE YULE É PROTEÇÃO!
Abrigo, escudo, blindagem, amparo e auxílio de nossas raízes.

A árvore de Yule não é um objeto decorativo, nunca foi e jamais será para os comprometido com o TODO! Os presentes oferecidos e posicionados ao pé da arvore não são comerciais e muito menos são dedicados aos membros da família - são oferendas para os Espíritos Vivos da Natureza. Eis a fundamentação das Verdades Sagradas para que tenhamos consciência do que a Natureza generosamente, assim como a Mãe nos oferece ao momento.

A CARACTERIZAÇÃO MODERNA
Se estamos falando de conexão, válido lembrar da missão para qual viemos nesta Terra... Somos zeladores da vida! Em tudo e pôr tudo a sintonia deve estar em harmonia com estes aspecto:

  • Árvores ou arbustos: vivos;
  • Galhos secos entregues pela Natureza: o renascimento do que morto está para a vida novamente em Luz e Poder.

Independente das opções acima, dê asas a sua criatividade e encante sua morada ou os ambientes que a intuição sugerir. Decore a representação escolhida com fitas coloridas (tecido ou papel), represente os Cinco Elementos assentando no topo da Árvore um Pentagrama que pode ser manufaturado com galhinhos de madeira ou até mesmo um singelo desenho. Após assentá-lo na árvore, ofereça aos Espíritos da Natureza. Também podemos saudá-los com alimentos naturais: mel, leite, guloseimas imantados na alegria, união e amor.

Após toda produção, consagre sua Árvore Sagrada e imante-a no poder da gratidão pela oportunidade concebida. Faça seus pedidos e entregue a Mãe para que na união ao Filho Renascido forme e nutra em abundância seus desejos.

Nota - Caso deseje presentear convidados e familiares, não é negado essa possibilidade - faça o que a mente intuir.

OBSERVAÇÕES

  • Árvore ou arbusto de seu jardim - adornos deverão permanecer até o próximo Sabbat de Yule, quando serão retirados e incinerados nas Chamas Sagradas. Os alimentos após sete dias, deverão ser devolvidos a terra para que possam ser transformados em nutrição e renascimento a vida.
  • Árvore ou arbusto na mata - atente-se para os adornos e recipientes não comprometerem o processo natural de compostagem e fertilidade da mata. Os mesmos deverão permanecer e serem recolhidos pela Natureza e não pelo homem.
  • Galho ou tronco seco - permanecerá no local escolhido até o próximo Sabbat de Yule, onde será incinerado nas Chamas Sagradas e substituído por um novo galho. Os alimentos ofertados após sete dias do Sabbat, deverão ser devolvidos a terra.

TORA DE YULE

TORA DE YULE

Representamos também o Sabbat através de um tronco de madeira onde todos os vínculos com a Mãe Terra e com o Deus Renascido estão em manifesto.

  • Tronco: Deus Renascido em crescimento;
  • Folhagem: a fertilidade - Espiral sem fim da eternidade;
  • Velas: Luz sobre a escuridão;
  • Pinhas ou grãos: a transformação natural da vida - a colheita.

Tradicionalmente a madeira utilizada para a Tora de Yule é o Carvalho (Deus Renascido). Porém, tudo é flexível e aceito quando somos comprometidos. Busque o que a Natureza entregar em suas mãos. Não esqueça que a morte é apenas um ciclo passageiro para o renascimento. Eis a oportunidade de ser o "Mensageiro do Renascimento”. Resgate o que morto está na Natureza e ofereça através de sua criatividade a Vida.

Nota - Evite na composição deste instrumento materiais sintéticos.

A Tora de Yule depois de ser consagrada no Altar principal poderá ser transportada para o local da "Ceia Sagrada" ou Altar compartilhado, no ambiente da celebração do Sabbat - atividade na intenção de saudação a Deusa Mãe, a Criança da Promessa e suas representações. Após o término da celebração em um lugar determinado de sua intenção ou até mesmo em seu Altar Principal, a "Tora de Yule" deverá ser zelada até o próximo Sabbat de Yule, quando será substituída por uma nova Tora. A representação anterior, cerimonialmente deverá ser queimada pelas "Chamas Sagradas" ou devolvida a Natureza para que Mãe Terra recolha no poder da nutrição ao solo fértil.

Nota - Caso opte para queima da Tora de Yule no próximo Sabbat, as cinzas podem ser recolhidas para fins alquímicos de cura e também em atividades ritualizadas na vibração do amor, paz e equilíbrio.

GUIRLANDA

GUIRLANDA DE YULE

A Roda da Vida como era reconhecida pelos nossos ancestrais, também é um símbolo do Sabbat de Yule. Aros entrelaçados de visco, hera, teixo e sempre-vivas eram manufaturados para adornarem as coroas (cabeças) das pessoas, e também suas moradas. Esta simbologia representa a cura, proteção, a alegria infinita, o elo da vida entre o Céu e a Terra, a esperança renascida da união do Sagrado Feminino ao Masculino - a imortalidade. Estas representações eram utilizadas na celebração do Sabbat e após eram zeladas por todos os meses até o retorno de Yule, que em desapego incineravam e substituíam-nas por novos ornamentos.

Nota - todo o verde é Sagrado! Na falta dos galhos mencionados acima, representamos a simbologia com o que a Natureza possa colocar em nossas mãos.

Veja a Saudação ao Sabbat

ASPECTOS DA DEUSA E DO DEUS

SENHORA DO GELO
Deusa Mãe: expressão do dever na responsabilidade do equilíbrio pelo que cativamos - dedicação e zelo da essência pura e divina da centelha que carregamos.
Deusas correspondentes: Cailleach Bheur, Deméter, Frau Holle, Frigga...

REI DO AZEVINHO
Força plena e absoluta do "querer" emergir da escuridão, da morte na busca da necessidade do renascimento.

REI DO CARVALHO
Esperança e Luz renascida da escuridão em crescimento na abundância e força.
Deuses correspondentes: Rei Holly, Hodr, Horus, Mitra, Odin, Saturno...

CORRESPONDÊNCIAS/CÍCLICA

  • Incensos: louro, carvalho, junípero, cravo, olíbano, alecrim, mirra, sândalo e canela;
  • Cores: vermelho, verde, dourado e branco;
  • Ervas: alecrim, hibisco, cedro, louro, camomila, sempre-viva, azevinho, visco, musgo, sálvia, louro;
  • Pedras: rubi, granada, diamante e o cristal de rocha;
  • Alimentos: bolinhos de chuva salpicados de açúcar, bolo c/ frutas, pães, frutas secas, nozes e maçãs;
  • Bebidas: sidra, hidromel, chá ou vinho branco.

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Blessed Yule

Última modificação emTerça, 28 Novembro 2023 04:26
Simone G. Pedrolli

Guia da ascensão em missão da Luz e dos caminhos a transformação da consciência imantada pelos "Decretos Divinos".

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