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Beltane

A CELEBRAÇÃO DO AMOR
1º de maio (H.Norte) - 31 de outubro (H.Sul)

Em Beltane celebramos o poder ao estado UNO. Momento em que os polos feminino e masculino se atraem, fundem-se e refletem a "Explosão do Amor" irradiando nos céus e na Terra a impressão da vida!

Ao contrário de Samhain quando reconhecemos e celebramos a morte fechando a roda do ano, em Beltane reafirmamos a vida no poder restaurado e imantado de Luz.

Ao relacionarmos o estado de energia com a Mitologia Celta, caracterizamos o Sabbat de Beltane na celebração da união do Sagrado Feminino (Deusa Donzela) ao Deus jovem e amadurecido. Por esta correspondência, temos em regência os Deuses:

  • Danu - Deusa Tríplice (Donzela)
    Reverenciada como Senhora da Terra, da água, da abundância, da plenitude da Natureza, da soberania, do lar e da família. Danu é a Mãe dos Tuatha de Danann - seus filhos representam a força ancestral da Terra, a fertilidade, vida e a morte. Danu é renascimento, o poder dos ciclos ao fluir magnético do equilíbrio, prosperidade e abundância.
  • Belenus – Consorte da Deusa
    Também conhecido por Bel ou Belen (Deus Brilhante). A divindade zeladora das matas e dos animais, do fogo, da água e da cura pelos poderes restauradores do Astro Rei Sol.

A CELEBRAÇÃO

A primeira noite de Beltane, celebramos a harmonia da irmandade terrena com os Reinos Estelares. Momento em que invocamos a força da Natureza e do Universo Sagrado para juntos dançarmos na espiral da Luz em gratidão, alegria e harmonia o poder da cura em toda Criação da Terra e fora dela.

“Somente em comprometimento, amor, bondade, sabedoria e vitalidade a semente lançada será germinada.”

Beltane é a “chave” para girarmos ao contrário e zelarmos pela semente lançada. É a oportunidade ícone da aceitação ao poder da União - mente, matéria e espírito. A chegada ao portal da gestação para que o renascimento possa ser em Luz e Poder.

O REINO FEÉRICO

O Sabbat de Beltane assim como Samhain, está relacionado a conexão da Terra para com o Reino Feérico - dimensão correspondente aos “Tuatha de Dannan” ou “Povo da Deusa Danu”.

Segundo a Mitologia no "Livro das Invasões" (século XI), o Reino Feérico faz parte da quarta falange dimensionada que aportou em terras irlandesas antes da chegada dos Celtas. Nelas fundaram quatro cidades que se tornaram os centros espirituais da Irlanda. Após permanecerem por 200 anos em um longo e harmonioso reinado, ensinando a Arte, a bondade e Luz, sabedoria e cura aos habitantes nativos, foram combatidos pelos Milesianos (guerreiros e materialistas), os precursores dos celtas. Os que sobreviveram aos ataques dos guerreiros invasores, se esconderam nas colinas entre as florestas e também nas entranhas da Terra. Na preservação das espécie ao dever do cumprimento de suas missões, adotaram novas formas e criaram o escudo da invisibilidade aos olhos humanos - somente eram vistos em sua essência natural, os que em equilíbrio e verdades eram comprometidos. Por este este ciclo de transição os "guardiões da Terra" passaram a ser reconhecidos por “Povo das Fadas”.

Nota – a exterioridade inicial do Povo das Fadas mencionado nas escrituras, não caracteriza uma fada com asas ou apenas um polo (o feminino). As energias materializadas no princípio - antes da interversão dos Milesianos era familiarizada com os humanos, porém diferenciada em alguns aspectos (etérea) e eram tanto masculino como feminino. Em referência a este prisma, temos marcos deixados em vários sítios encontrado na região da Irlanda antiga, tais como: Círculos de Menires (monumento pré-histórico de pedra, cravado verticalmente no solo) e os monumentos megalíticos.

Desde outrora até os dias atuais, a crença ao “Povo da Deusa Danu” é evidente na cultura irlandesa. No Sabbat de Betane, todos os aspectos são associados a esta correspondência.

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SÍMBOLOS DE BELTANE

FOGO DE BELTANE
Nos tempos antigos na celebração de Beltane, as fogueiras eram acesas nas colinas próximas as fazendas em saudação ao Sagrado e aos Reinos de Luz, que em vibração invocavam o equilíbrio e a segurança de seu povo, campos e florestas, dos animais selvagens e das criações.

Os povos se reuniam ao redor das chamas em diversas atividades na intenção da esperança de cura, paz, harmonia, segurança e desmagnetização de todas as influências nocivas... Das "Chamas Sagradas" eram retiradas as tochas ardentes e levadas as moradas para reascenderem os candeeiros e lareiras que obrigatoriamente eram apagadas na esperança do flamejar da renovação; Oferendas eram entregues as chamas em saudação ao Espírito do Fogo; Alimentos eram cozidos pela força ardente das fogueiras e depois compartilhados com os participantes, as criações e também depositados nas matas simbolizando a fartura, a proteção e o estado Uno; Parte das criações eram levadas ao redor do Fogo Sagrado para que a fumaça os imantassem no blindar de proteção, fertilidade e cura; Pessoas dançavam e pulavam a fogueira saudando o Elemento Ar, fortalecendo a Espiral da transformação; As cinzas quando resfriada, representava o pó mágico da cura, força e restauração. Aproveitavam na manipulação alquímica para a  fabricação de unguentos de cura para os humanos e também aos animais. As zeladoras da Arte as utilizavam também em ritualizações magísticas...

AS FLORES 
Flores amarelas como prímula, rowan, espinheiros, tojo, avelã e calêndula eram utilizadas em Beltane. Mulheres, jovens e crianças colhiam as flores para a produção de guirlandas e buquês, posicionando-os em portas, janelas e lareiras e também nas criações de ordenha (vacas e cabras). As flores também eram esparramadas nas soleiras das portas e limites das moradas - crença estabelecida na vibração do Elemento Fogo em seu poder de equilíbrio e proteção.

MASTRO DE BELTANE
A origem do Mastro de Beltane ou Maypole é tão entrelaçada e fluida, quanto a dança que inspira. Uns apontam para os medievais irlandeses e outros aos germânicos e até quem diga pertencer aos romanos ... esquecendo os "folcloristas", que os romanos foram os precursores da intolerância aos costumes da tradição pagã - classificaram a "Dança das Fitas" como celebração libidinosa e promíscua, vibrada pelos espíritos das trevas.

Entre tantas diversificações culturais, meu coração diz que o Mastro de Beltane foi e ainda é.. A referencia da alegria de um povo na vivência plana da arte ao encanto do amor, compartilhamento e União Sagrada.

Nossos irmãos ancestrais eram expressos no respeito a Terra e em tudo que dela pertencesse. Por estarem harmonizados com o poder divino, a harmonia era presencial ao estado liberto. A Natureza foi o exemplo na firmação de seus conceitos vitais.

Os espinheiros eram árvores sagradas para os remotos irlandeses que os associavam ao Reinos Feérico - os guardiões dimensionados da Natureza. Em Beltane, a árvore celebrada era um espinheiro que representava a ponte para o mundo dimensionado, e nelas exaltavam o Amor Maior. Atividade esta que poderia ser solitária, como também coletiva quando direcionadas as vilas. Nos campos as árvores eram mantidas em sua preservação, nas vilas os troncos eram assentados na terra em área central... Ambas partes eram decoradas com flores, guirlandas e fitas coloridas produzidas pelas rendeiras locais.

Nota - somente nesta época era permitido a manipulação humana aos espinheiros.

Significado

  • Tronco - o símbolo do universo masculino
  • Galhos/folhas/fitas - o símbolo do universo feminino

A dança era restrita ao sexo feminino: jovens, donzelas e mulheres inda férteis ... giravam ao redor do mastro ou tronco da árvore, segurando as fitas ou guirlandas de flores. Em expressão sincronizada com o corpo, refletiam em Luz o principal de todo os Decretos...

"Ser é Estar na Terra,
assim como a Natureza...
Zelando e exercendo a missão do encanto à fertilidade, gestação, nutrição
e libertação das "Sementes da Criação."

Na harmonia do sincronismo encantador do universo feminino ao masculino, o fluir da "Explosão do Amor" fundamenta o poder da Unidade. A Espiral da Vida, resplandece imantando no equilíbrio as matas, vilas, animais, humanos e todas as energias do planeta e fora dele.

SEM AMOR NÃO HÁ RESPEITO...
SEM RESPEITO NÃO HÁ EQUILÍBRIO,
SEM EQUILÍBRIO NÃO HÁ RENASCIMENTO.

Toda moldagem nesta celebração é dada pela Era Moderna, que em adaptação a evolução cultural influenciada pelo sincretismo, intolerância religiosa, migrações e disputas de territórios... Fizeram do Mastro de Beltane, um estereótipo totalmente fora do contexto original.

POÇOS SAGRADOS
A água tem um um papel fundamental nas crenças celtas. Por todos os territórios onde o povo antigo pode ser identificado, há indícios do uso de cursos d'água (lagos, nascentes, rios...) para fins ritualísticos. A água era a fonte e matriz de todas as existências - o elixir da imortalidade. A imortalidade predita, está na interpretação da regeneração de todas as "coisas". Pelos ensinamentos das energias estelares, os ancestrais irlandeses aprenderam...

"A água é fecunda como o sêmen e conservadora como o útero!
Insemina, gesta, gera, alimenta e liberta.
Se não houver comprometimento e zelo...

Toda semente que ao invés de ser nutrida, será nutrição para outras fontes."

Pelo aprendizado aceito, o culto as águas fazia parte das atividades em Beltane na intenção da inclusão com essas verdades. A água para eles, trazia das profundezas inacessíveis a resposta de suas dúvidas, a cura das enfermidades, o nutrir e segurança da colheita e do rebanho e a garantida da vida próspera.

Várias atividades eram realizadas no Sabbat a partir do nascer do Sol: saudações eram expressas em movimentos circulares (Leste/Oeste) ao redor de poços ou próximos aos lagos e rios; Oferendas eram lançadas as águas; A criação eram levados aos locais para serem banhados; A primeira água era colhida para ser transportada as moradas, com o objetivo fluídico em humanos, criações e até mesmo na manipulação da culinária à ser apresentada no período noturno as atividades da celebração compartilhada.

Por acreditarem que o Elemento Água era a ligação direta com outros mundos, também cultuavam o Céu na entrega do orvalho a lubrificar a Terra... Na madrugada que antecedia a Beltane, havia a coleta das bênçãos dos Deuses advindas da Luz Solar refletida na amada Mãe Prateada (Lua); Donzelas se imantavam dos orvalhos nos campos para enaltecerem a beleza, o prolongar da juventude e o potencializar do encantamento ao sexo oposto; As curandeiras utilizavam as gotas sagradas, para a alquimia na manipulação de soluções as enfermidades em lesões e doenças de pele.

AS OFERENDAS
Além das oferendas realizadas nas águas e nas chamas, em Beltane o culto as matas denotavam a aceitação de proteção dos Guardiões da Natureza, (Povo das Fadas). Alimentos eram deixados nas matas em saudação aos animais selvagens, refletindo a paz e segurança de suas criações, culturas; Leites eram derramados nas soleiras das portas ou entregues nos locais referentes às moradas dos guardiões em reverência aos seres estelares; Todo o aspecto feminino (mulher, jovem ou criação) que menstruasse no dia de Beltane, o sangue era colhido na intenção da magia velada ao poder da fertilidade; Na garantia da segurança, prosperidade e gratidão as colheitas agrícolas, procissões eram formadas ao redor das propriedades onde os participantes munidos de sementes, instrumentos agrícolas e da criação, à primeira água do poço sagrado e ervas sagradas... Circundavam os quatro pontos cardeais (iniciando pelo sentido Leste), e em cada ponto pausavam e reverenciavam o Universo Sagrado em todos os seus aspectos.

ASPECTOS DA DEUSA E DO DEUS

SENHORA DA FERTILIDADE

  • Mulher fértil – Donzela;
  • Deusa das florestas e encostas;
  • Deusa da vida selvagem.

Outros nomes: Rainha de Maio e Mulher Verde (Green Woman), Deusa da Fertilidade
Deusas correspondente: Danu, Artemis, Flora, Hera, Afrodite , Frigga, Hathor, Juno, Parvati, Vênus e entre outras faces correspondentes a fertilidade e amor.

O CONSORTE DA DEUSA

  • Espírito do crescimento e abundância;
  • Símbolo da estação verde na cor;
  • Senhor da Floresta.

Outros nomes: Homem Silvestre, Homem Verde, Gamo Rei.
Deuses correspondente: Belenus, Cernunnos, Bes, Baco, Herne, Kokopelli, Pan, Priapus.

CORRESPONDÊNCIAS/CÍCLICA

  • Incensos: canela, alecrim, rosas vermelhas, olíbano, sândalo...;
  • Cores: vermelho, verde e amarelo;
  • Ervas: alecrim, canela, amêndoa, angélica, freixo, margarida, olíbano, hera, mal-me-quer;
  • Pedras: kunzita, turmalina rosa, quartzo rosa, rodocrosita, água-marinha, baritina, olivino, morganita ou berilo rosa, granada, pedra do sol, pedra da lua;
  • Alimentos: mel, aveia, leite, maçã e frutas e verduras da época, pães, bolos e alimentos derivados do leite;
  • Bebidas: vinho, sidra e sucos naturais.

"Sábio é aquele que separa o joio do trigo, mantendo o passado como referencia fazendo dele uma nova semente em seu estado de comprometimento com as Verdades Sagradas."

CELEBRAR É SER VISTO...
É SER E ESTAR
RECONHECIDO E NUTRIDO AO PODER DO EQUILÍBRIO!

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Última modificação emTerça, 28 Novembro 2023 04:24
Simone G. Pedrolli

Guia da ascensão em missão da Luz e dos caminhos a transformação da consciência imantada pelos "Decretos Divinos".

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